sexta-feira, 17 de junho de 2011

Lesão no tendão de Aquiles (calcâneo)

Cirurgia semelhante a do jogador Adriano (Corinthians).


Porque o nome "Tendão de Aquiles" ?
Conta a lenda grega que Aquiles, filho do rei Peleu e da rainha Tétis, tinha um único ponto vulnerável no corpo, exatamente na altura do calcanhar, na altura de um tendão. Para tornar o menino imortal, sua mãe passou ambrósia em seu corpo e o manteve por um tempo próximo ao fogo. Depois, mergulhou Aquiles no rio Estige, cujas águas tinham o poder de torná-lo invulnerável. Ao mergulhar o filho nas águas do Estige, a mãe o segurou por um calcanhar e, sendo assim, essa parte de seu corpo não foi tocada pelas águas. Aquiles cresceu e se tornou um dos principais heróis gregos da guerra de Tróia, sendo ao final atingido e morto por Páris, com uma flecha no calcanhar. Daí se falar hoje em tendão de Aquiles, uma denominação vulgar para o tendão que se encontra na parte inferior e posterior da perna.
Isso pode levar a algumas confusões, pois algumas pessoas entendem que só existem tendões nessa região do corpo, quando não é verdade. As mãos, os pés, o pescoço e todas as partes que se dobram, ou seja, praticamente o corpo inteiro (se imaginarmos um contorcionista de circo em atividade) está repleto de tendões.
Sobre o tendão de aquiles:
Uma lesão no tendão de Aquiles é muito comum, principalmente em atletas que precisam fazer uso da corrida, que tanto solicita a função do músculo da panturrilha. Estima-se que 11% de todas as patologias que acometem corredores estão relacionadas ao tendão de Aquiles.
Ele é um grande e calibroso tendão que se localiza atrás do tornozelo, ligando os músculos da panturrilha (sóleo e gastrocnêmio) ao osso do calcanhar (calcâneo). Ele fornece força na fase de impulso da passada (ciclo da marcha), pois sua função é levar a ponta do pé para baixo, ou seja, nos ajuda ficar na ponta do pé (flexão plantar) ou saltar.
É formado por um tecido inelástico, composto, na sua maior parte, por colágeno, porém é pobre em suprimento sanguíneo. São as fibras colágenas que dão resistência às trações sofridas pelo tendão.
Durante a corrida ou atividades que incluem saltos, o tendão de Aquiles sofre forças de tensão repetidas por contração e estiramento dos músculos da panturrilha e isso pode facilitar o aparecimento de lesões por falta de oxigênio (hipóxia).
Lesões no tendão de aquiles:
Uma lesão no tendão de Aquiles pode causar desde um processo degenerativo ou inflamatório até uma ruptura que pode ser parcial ou total. Uma inflamação no tecido que envolve o tendão é chamada de paratendinite. Já a inflamação ou degeneração sofrida pelo próprio tendão é conhecida popularmente como tendinite de Aquiles (atualmente conhecida por tendinose de Aquiles).
Tendinose é o termo mais adequado para descrever o processo degenerativo que ocorre no tendão, pois estudos comprovaram que, numa lesão, o processo inflamatório é ausente ou insignificante, predominando a degeneração. A inflamação, se ocorrer, é mínima e nos primeiros dias de lesão apenas. Por este motivo, o termo "tendinite" está sendo substituído por "tendinose". Esta pode ser considerada aguda ou crônica, de acordo com o tempo de permanência dos sintomas. Já a ruptura pode ser total ou parcial, que é quando parte das fibras são lesadas
SINAIS E SINTOMAS: Os sintomas podem acometer somente um lado ou bilateralmente. A dor geralmente se localiza de 2 a 6 cm acima do calcanhar.
Como estamos falando sobre lesões do tendão de Aquiles e estas incluem desde um processo inflamatório numa fase inicial até uma lesão completa do tendão, é importante salientar que os sintomas podem ser parecidos, apesar das lesões se diferenciarem, como nos casos das tendinoses e rupturas parciais. Por isso, é importante a consulta com um médico ortopedista para que seja feito um diagnóstico correto e um tratamento adequado.
No caso de uma lesão aguda os sintomas se manifestam com as seguintes características:

- Dor no tendão durante os exercícios. Melhora com o repouso. A dor aparece gradualmente durante os exercícios, podendo até diminuir ou desaparecer ao longo da corrida.
- Edema (inchaço) sobre o tendão.
- Vermelhidão sobre a pele, no local da lesão.
- O atleta pode sentir um rangido quando pressiona seu dedo no tendão ou move seu pé.
- As dores experimentadas na fase aguda da patologia tendem a desaparecer após um aquecimento antes da corrida, mas retornam quando a atividade é interrompida.
A tendinose é uma condição difícil de tratar, particularmente em atletas mais velhos que parecem sofrer mais desta patologia. Se não tratada, os sintomas pioram até ficar impossível correr.
Os sintomas são parecidos com a fase aguda, só que mais presentes ou intensos.

As principais causas de lesões no tendão de aquiles:
- Sobrecarga ou excessos no treino (tempo, distância e intensidade). Uma tensão exagerada ou tensões repetitivas em demasia aumentam o risco de lesões no tendão por falta de oxigênio (hipóxia), o que dificulta a recuperação deste tecido após grandes atividades.
- Trauma causado pela contração repentina e/ou excessiva dos músculos da panturrilha como num sprint final.
- Falta de flexibilidade da musculatura da panturrilha.
- Uso de calçados inadequados.
- Alterações posturais como anteversão do fêmur, tíbia vara, pé pronado, entre outras.
- Alterações da biomecânica na corrida: modo como o pé toca no solo, movimentos dos
membros inferiores, passada, ritmo, correr sem tocar o calcanhar no solo.  
- Tipo de pisada: pronação excessiva pode aumentar a tensão no tendão. Como o pé rola para dentro (pé chato), a região inferior da perna roda para dentro assim como roda o tendão de Aquiles, causando um estresse longitudinal, em toda sua extensão.
- Aumento súbito na velocidade ou distância percorrida.

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Diabetes tipo 2: prevenção e controle

Desconsiderar propaganda ao final do video

O que é o Diabetes Mellitus tipo 2 ?

Possuir diabetes mellitus tipo 2, significa a não suficiente produção de insulina pelo organismo e/ou a incapacidade de usá-la adequadamente. Este problema em relação à insulina afeta a maneira como o organismo processa os alimentos.
A insulina é um hormônio produzido pelo pâncreas(uma grande glândula localizada atrás do estômago). Ao alimentar-se, o organismo transforma grande parte do alimento em açúcar (glicose) que o sangue levará para as células do corpo como energia. A insulina auxilia a entrada do açúcar nas células e controla sua taxa no sangue. Quando o organismo não produz insulina suficiente ou tem problema para usá-la adequadamente, as células não absorvem suficientemente açúcar do sangue. O resultado é uma alta na taxa de açúcar no sangue.
O diabetes mellitus tipo 2 é mais comum em adultos acima de 40 anos, principalmente se estes estão acima do peso. Crianças e adolescentes acima do peso também podem ter este tipo de diabetes.
O diabetes tipo 2 é mais comum do que o tipo 1 e costuma ser chamado de diabetes independente de insulina. (O pâncreas produz pouca ou nenhuma insulina nos casos de diabetes tipo 1).
A causa precisa do diabetes tipo 2 não é conhecida. No entanto, à medida que as pessoas envelhecem ou ganham peso, estão mais propensas a terem diabetes pois o pâncreas pode não funcionar adequadamente, ou as células podem se tornar incapazes de usar a insulina produzida por ele. Hereditariedade é também um importante fator.
Mulheres que tiveram bebês grandes (acima de 4Kg, por exemplo), ou que tiveram diabetes gestacional, têm um alto risco de desenvolverem diabetes mais tarde.

Quais são os sintomas?

O diabetes tipo 2 pode causar os seguintes sintomas:
- Aumento na micção;
- Sede excessiva e ingestão de muito líquido;
- Perda ou ganho de peso;
- Visão embaçada;
- Infecções cutâneas;
- Infecções vaginais;
- Cansaço;
- Cicatrização lenta;
- Sensações não comuns de formigamento, queimação e coceira na pele, normalmente nas mãos e pés;
- Infecções no prepúcio (pele que cobre o pênis) em homens não circuncidados.
Algumas pessoas não apresentam sintomas.

Como é diagnosticado?

O médico questionará sobre os sintomas e fará um exame sobre a taxa de açúcar no sangue ou poderá também verificar essa taxa em uma amostra da urina.

Como é tratado?

A melhor forma de tratamento é controlar o nível de açúcar no sangue. Isto é feito através de planejamento alimentar, exercício físico e alimentação.
O médico ou o nutricionista podem sugerir um guia contendo quais os alimentos deve comer e quantas calorias deve ingerir por dia. Se estiver acima do peso, o principal tratamento é comer menos e limitar as calorias em sua dieta. A perda de 3 a 4,5 Kg poderá reduzir ou eliminar a necessidade de medicação.
Atividade física é importante no controle do diabetes tipo 2. Os exercícios físicos melhoram a circulação e aumentam a queima de açúcar no sangue. Um dos melhores exercícios é a caminhada. Peça ao seu médico recomendações sobre quais atividades você pode fazer e como elas devem ser feitas.
O seu médico poderá receitar insulina ou outros tipos de medicamentos para controlar a taxa de glicose no sangue em complementação à dieta e às atividades físicas.

Quanto tempo os efeitos duram?

Praticar mais atividade física e não comer muito podem ajudar o corpo a restabelecer o equilíbrio entre açúcar e insulina. Você pode ou não precisar de medicação mas com ou sem ela, sua melhora depende de seguir a dieta e os exercícios físicos prescritos pelo seu médico.

Que cuidados devem ser tomados?

Dieta:
- Siga a sua dieta.
- Use uma balança para pesar os alimentos.
- Aprenda a fazer escolhas saudáveis ao comer em restaurantes e/ou lanchonetes.
- Peça refeições para diabéticos quando viajar (por exemplo, em hotéis e aviões).
Para manter a dieta você pode:
- Beber água ou outras bebidas não-calóricas quando sentir vontade de comer entre as refeições.
- Não comer compulsivamente.
- Limitar a quantidade de bebidas alcoólicas.
- Comprar somente os alimentos de sua dieta.
- Comer em horários regulares.
- Comer somente à mesa.
- Comer devagar e mastigar bem os alimentos.
Aprenda a cuidar da pele e dos pés apropriadamente todos os dias. Leve remédio para diarréia quando viajar e tenha sempre uma identificação dizendo que é diabético, para casos de emergência.

O que pode ser feito para prevenir o Diabetes Mellitus Tipo 2?

Ainda que tenha histórico de diabetes na sua família, é possível evitar o desenvolvimento da doença se:
- Mantiver o peso recomendado;
- Fazer exercício físico regularmente.

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Os maleficios da utilização de Anabolizantes



O que são esteróides anabolizantes e seus efeitos

Os esteróides anabolizantes androgênicos, geralmente conhecidos apenas pelo nome anabolizantes, são substâncias sintéticas relacionadas ao hormônio masculino testosterona. “Anabolizantes” refere-se aos efeitos na construção de massa muscular e “androgênicos” aos efeitos de aumento das características masculinas. “Esteróides” refere-se a uma classe de drogas, as quais podem ser legalmente prescrevidas para tratar algumas condições médicas.

 Abuso no uso de anabolizantes
Algumas pessoas fazem uso dos esteróides anabolizantes para melhorar a performance atlética e/ou aparência física. Os usuários de esteróides anabolizantes os tomam oralmente ou por injeção, geralmente em ciclos de semanas ou meses interrompidos por pequenos períodos.

Efeitos dos anabolizantes no cérebro

Os efeitos agudos dos esteróides anabolizantes no cérebro são bem diferentes dos decorrente de abuso de outras drogas. A principal diferença é que os esteróides anabolizantes não produzem euforia, significando que não engatilham a elevação rápida do neurotransmissor dopamina. Porém, o uso a longo prazo de esteróides anabolizantes pode ter impacto em substância químicas do cérebro, afetando o humor e comportamento.

 Efeitos dos anabolizantes na saúde mental

Relatos sugerem que esteróides anabolizantes podem contribuir para problemas psiquiátricos. Pesquisas mostram que o abuso no uso de anabolizantes pode levar a agressão e outros efeitos adversos. Alguns usuários de anabolizantes dizem se sentir bem ao utiliza-los, porém alterações extremas de humor podem ocorrer, incluindo sintomas de mania que poderiam ocasionar violência. Pesquisadores também observaram que muitos usuários de esteróides anabolizantes sofrem de ciúme patológico, irritabilidade extrema, delírios, e julgamento prejudicado pela sensação de invencibilidade.

 Efeito potencial de dependência dos anabolizantes

Estudos em animais indicaram que os anabolizantes têm potencial de dependência, como outras drogas viciantes. Essa propriedade é mais difícil de demonstrar em humanos, porém o potencial de dependência é consistente com a continuação do uso apesar dos efeitos negativos físicos e nas relações sociais. Ainda, usurários de esteróides anabolziantes geralmente gastam muito tempo e dinheiro para obter a droga, o que é outro indicador de dependência.

Pessoas que usaram esteróides anabolizantes passaram por sintomas de abstinência quando pararam de tomar a droga. Esses sintomas de abstinência incluem oscilações de humor, fadiga, impaciência, perda de apetite, insônia, redução do desejo sexual e vontade forte de voltar a usar os anabolizantes. Um dos sintomas mais perigosos de abstinência é a depressão, pois ela pode levar ao suicídio.

 Efeitos adversos dos anabolizantes na saúde

O uso de esteróides anabolizantes pode ter como efeitos problemas de saúde sérios e até irreversíveis. Alguns desses efeitos mais perigosos incluem dano ao fígado, icterícia (pigmentação amarelada na pele, tecidos e fluidos corporais), retenção de fluidos, pressão alta, elevação do colesterol LDL (colesterol ruim) e diminuição do colesterol HDL (colesterol bom). Outros efeitos dos anabolizantes que foram relatados incluem insuficiência renal, acne severa e tremores.

Adicionalmente, há alguns efeitos dos anabolizantes que são específicos para o sexo e idade da pessoa, como:
* Para homens - diminuição dos testículos, redução da quantidade de esperma, infertilidade, calvície, desenvolvimento de seios, elevação no risco de câncer de próstata.
* Para mulheres - Crescimento de pêlo facial, calvície de padrão masculino, alteração ou interrupção do ciclo menstrual, crescimento do clitóris, voz grossa.
* Para adolescentes - crescimento interrompido devido à maturação esqueletal prematura e aceleração das mudanças da puberdade.

Além dissso tudo, pessoas que fazer uso de anabolizantes injetáveis aumentam o risco de se contaminarem com HIV e hepatite.