domingo, 1 de junho de 2014

A polêmica do Whey Protein. Curiosidades sobre o produto

A promessa é tentadora: basta ingerir um pozinho gostoso diluído em água para tornar os resultados dos exercícios (bem) mais eficazes e, assim, conquistar um corpo magro e definido. Por isso, o Whey Protein, nome comercial usado para batizar um composto de proteínas extraído do soro do leite, tornou-se o suplemento mais famoso no mundo das academias durante a última década – e fez muita gente partir para as lojas especializadas a fim de garantir a sua embalagem. Mas quais são os reais ganhos oferecidos pelo produto? De acordo com os especialistas, não há dúvidas de que ele pode, sim, proporcionar muitos benefícios para quem tem o hábito de suar a camisa, especialmente se o objetivo principal for ganhar massa muscular. Por outro lado, o consumo por conta própria pode trazer sérios riscos, comprometendo o funcionamento do fígado e dos rins.
1 – RISCOS AO ORGANISMO
Consumir o Whey por conta própria costuma não render tantos benefícios quanto quando se tem orientação profissional. Mas não é só isso: o uso indevido pode acarretar em uma série de riscos à saúde. Quem tem problemas no coração, nos rins ou no fígado precisa de um acompanhamento ainda mais sério, pois o suplemento usado sem a indicação correta ou em doses muito grandes pode sobrecarregar esses órgãos e comprometer seu funcionamento. O mesmo alerta vale para os diabéticos e os intolerantes à lactose. Nesse último caso, é possível experimentar a versão hidrolisada do Whey, que não tem o açúcar do leite na formulação. Em um panorama, digamos, mais otimista, o principal prejuízo do uso indevido do produto é engordar. “Se uma pessoa ingerir uma quantidade de energia maior do que a soma de calorias consumida pelo seu metabolismo e pela prática de atividades físicas, vai ganhar peso, mesmo que esse excesso venha do suplemento”, explica o fisiologista do exercício Sergio Garcia Stella, de Ribeirão Preto (SP). “Por essa razão, ele só deve fazer parte da dieta de quem gasta mais do que ingere. ”
 2 – PARA QUEM É INDICADO
O Whey é recomendado para praticantes de modalidades intensas e de força, como musculação ou corridas curtas. É válido também para os adeptos do pilates, que foca a definição. No entanto, pegar pesado no treino não faz da pessoa uma candidata ao uso do Whey. Especialistas avisam que quem mantém uma dieta equilibrada, com todos os nutrientes diários necessários - proteínas, carboidratos, minerais e vitaminas—não precisa do suplemento para turbinar a silhueta. E também não adianta tomar Whey se você não malha. O único ganho será de peso e não de massa magra, já que uma colher de sopa do produto tem cerca de 120 calorias (são usadas duas medidas dessas por dia).
3 - POLÊMICA
A popularidade do produto, disseminado nas academias e pelas blogueiras de fitness, chamou a atenção dos órgãos reguladores e de comerciantes. Duas análises recentes alertaram os consumidores. O primeiro caso ocorreu em Londrina (PR), quando o proprietário da loja Atacado do Suplemento enviou 28 marcas para serem avaliadas em um laboratório. E o resultado foi alarmante: 53% das amostras apresentavam valores muito diferentes dos descritos no rótulo (continham porções menores de proteína ou maiores de carboidrato), apesar de todos serem certificados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Em seguida, veio o segundo alerta: a própria agência realizou uma investigação que a levou a proibir a venda de 20 marcas após confirmar que as doses de proteína e carboidrato também não eram as mesmas das embalagens. Segundo especialistas, a informação incorreta atrapalha o cálculo da quantidade a ser consumida. Ou seja, reduz a eficácia e compromete a saúde do atleta.
4 – COMO FUNCIONA?
“Ele é rico em aminoácidos essenciais, que não são produzidos pelo corpo, e tem uma proteína de alto valor biológico fácil de ser digerida e absorvida pelo organismo”, afirma a nutricionista Fúlvia Hazarabedian, de São Paulo. “Por isso, ele ajuda a recuperar o tecido muscular, facilitando o desenvolvimento e evitando a sua degradação, que pode acontecer por fatores como o excesso de atividades físicas”, conta a nutricionista Priscila Rosa, de São Paulo. Para não confundir, vale ressaltar: o consumo regular do Whey Protein não está relacionado à perda de gordura corporal e, sim (e somente), ao ganho de massa muscular. Fique atento!
5 – CUIDADOS NA HORA DA COMPRA
“Verificar a quantidade de proteínas da sua composição e checar se ele foi aprovado pela Anvisa ainda são as melhores formas de diferenciar um produto bom de um ruim”, diz o médico Jomar Souza, de Salvador (BA), ex-presidente da Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte. “É preciso também ter cuidado com as marcas muito baratas, que tendem a utilizar matérias-primas que não sejam de primeira ou acrescentar farinha e açúcar na fabricação, o que diminui a eficácia da fórmula”, alerta a nutricionista Simone Maia, do Rio de Janeiro.
6 – ORIENTAÇÃO PROFISSIONAL
Para entender se o produto é indicado para você, a dose ideal e a frequência com que deve ser tomado, é indispensável procurar um nutricionista ou endocrinologista. Afinal, não é só uma questão estética, de querer um corpo sarado—a sua saúde é que está em jogo. “Cada indivíduo é único e o corpo humano só consegue absorver até 3 gramas de proteína por quilo de peso. Portanto, uma pessoa de 50 kg tem necessidades diferentes de uma de 90 kg”, explica Simone Maia. Também é preciso levar em conta que uma parte do nutriente proteico presente no Whey já será consumida em sua alimentação diária através de outras fontes, como ovos, queijos e o próprio leite. O profissional ainda terá que fazer uma detalhada avaliação do gasto calórico diário, da quantidade de atividade física praticada e o tipo de treinamento - se é de explosão, de resistência ou de hipertrofia. “O ideal é conversar também com um educador físico, já que são dois trabalhos independentes, mas que se complementam. E aí, só depois, com todos esses dados em mãos é que o especialista poderá dizer se o paciente deve ou não investir na suplementação e ter um pote de Whey em casa”, diz o educador físico Diego Zanon, de Vitória (ES).
7 – DICAS DE CONSUMO
Para quem quer ganhar massa muscular, o produto deve ser tomado com água ou batido com frutas, de preferência, nos intervalos entre as refeições ou depois do treino. Mas, se o objetivo também for emagrecer, vale adicionar o pozinho do Whey nas massas de pães, panquecas e bolos, porque ajuda a garantir a sensação de saciedade. Só tome cuidado com os recheios e acompanhamentos para não comprometer o resultado. Prefira sempre frutas e geleias sem açúcar. Outra dica importante é trocar a marca do produto periodicamente (o médico pode determinar esse tempo) para que o intestino não se “acostume” somente com um tipo de combinação proteica. Essa tática também vale para quem tem acne, por exemplo, que pode ser agravada pelo excesso de vitamina B12,

AS MARCAS PROIBIDAS
Confira a lista de fabricantes de Whey Protein que tiveram lotes suspensos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa):
• Super NitroWheyNO2 – American Line Suplements
• 3W – Fast Nutrition
• Whey Protein Optimazer – Cyberform
• WheyNO2 Pro Baunilha – Pro Corps
• WheyNO2 Pro – Pro Corps
• Whey 5W Pro – Pro Corps
• Ultra PureWhey+ IsolateWhey - Nutrilatina Age Superior
• ExtremeWhey Protein Sabor Morango – Solaris
• ExtremeWhey Protein Sabor Baunilha - Solaris
• 100% UltraWhey – Ultratech Supplements
• BioWhey Protein – Performance
• Peter Food –WheyNO2 + Creatine
• 100%Whey Xtreme – Pharma
• SuperWhey 100% Pure – IntegralMedica
• SuperWhey3W– IntegralMedica
• FisioWhey ConcentradoNO2
• DesignerWhey Protein
• MuscleWheyProtoNO2 - NeoNutri
• WheyProtein3W–DNA Design Nutrição Avançada
• IsolateWhey – NeoNutri
• Top Fuel - Vulgo Suplementos Indústria de Alimentos


TORCHS

São doenças infecciosas adquiridas pelo concepto durante qualquer período da gestação ou no período perinatal. Muitos desses agentes infecciosos ocasionam quadro clínico similar, e as mães são geralmente assintomáticas.
Agentes envolvidos:
A) vírus: Rubéola, Citomégalovírus, Herpes, Varicela, Enterovírus, Parvovírus B19, Caxumba, HIV e vírus da Hepatite B.
B) Protozoários: Toxoplasma, Doenças de Chagas e Malária.
C) Bactérias: Espiroquetas (Sífilis) e Lysteria Monocytogenes
Toxoplasmose congênita:
Toxoplasmose é uma zoonose produzida pelo Toxoplasma gondii, parasita intracelular obrigatório. A toxoplasmose congênita vai ocorrer após infecção materna primária, uma vez que a reinfecção de mulheres imunocompetentes durante a gestação é incomum. Quanto menor a idade gestacional menor a chance de infecção e mais grave é essa. Ao fim da gestação há maior chance de transmissão porem essa menos grave.
Sorologia Materna:
Gestante IgG + e IgM -: Imune por infecção passada. Não necessita de novo exame.
Gestante IgG - e IgM -: Susceptível, repetir sorologia mensal e orientar a gestante: evitar contato com gatos; ingerir apenas água tratada;
evitar contato com terra e carne crua.
Gestante IgG - e IgM +: Provável infecção aguda, iniciar espiramicina 1g, VO, 8/8h, repetir a sorologia (IgM e IgG) após 2 a 4 semanas: IgG confirma infecção, persistência de IgM+, exclui o diagnóstico. (IgM falso-positivo). Se infectada, investigar infecção fetal.
Gestante IgG + e IgM +: Infecção aguda, dosar IgA e teste de avidez para IgG, se infectada, investigar infecção fetal.
Investigação da doença no feto:
o   US fetal:
-
alargamento dos ventrículos cerebrais;
- calcificações intracranianas;
- calcificações do plexo coroide;
- aumento da espessura da placenta;
- ascite;
 - hepatoesplenomegalia.
o   Aminiocentese e PCR:
- Deverá ser feita a partir das 18 sem.
- Detecção do toxoplasma pelo método PCR. - - PCR negativo não excluí a infecção.

Fluxograma da toxoplasmose na gestação:

Herpes simples:
O herpes simples tem como agente etiológico o vírus herpes simples I e II. Tem como célula alvo as células epiteliais. Gestantes infectadas com lesões ativas estão indicados parto cesárea, Gestantes infectadas sem lesões ativas: parto vaginal ou cesárea.

Clinica congênita: Vesículas cutâneas ou escaras de cicatrização, alterações oculares, microcefalia e ou hidrocefalia.
Clínica – Perinatal:
o    Forma localizada: ceratoconjuntivite, coriorretinite, úlcera de córnea, catarata, atrofia óptica e vesículas na pele.
o   Forma neurológica: letargia, irritabilidade, convulsões, crises de apneia e febre alta.
o   Forma disseminada: acometimento do SNC e disseminação visceral, sem lesões cutâneas. Apresentam vômitos, anorexia, irritabilidade, desconforto respiratório, convulsões icterícia, hepatoesplenomegalia, petéquias, meningoencefalite grave, podendo levar a necrose hemorrágica do lobo temporal.
Tanto a infecção congênita quanto a peri-natal, mesmo assintomáticas, podem causar deficiência auditiva.
Diagnostico laboratorial: Culturas do vírus em células teciduais, hemograma e teste sorológico.
Tratamento: RN com a infecção devem ser isolados, Aciclovir 20mg/ Kg/ dose a cada 8 horas, por 12-21 dias.
Rubéola congênita:
A rubéola foi descrita pela primeira vez como patologia em 1814. Em 1941, correlação ao aumento da incidência de catarata congênita com uma epidemia de rubéola, outros autores associaram malformações congênitas ao fato de a gestante desenvolver a doença nas primeiras semanas da gestação, na fase embriogênica. Há alto risco de infecção crônica. O risco de infecção é maior nos extremos da gestação, a taxa de infecção pode chegar a 90% com 11 semanas de idade gestacional sendo também este o período com maior risco de más formações. Quando atinge 36 semanas ou mais a infecção pode atingir 100%.
Definição: 
A Síndrome da Rubéola Congênita (SRC) é definida como a infecção do concepto pelo vírus da rubéola consequente a viremia materna durante a gestação. O vírus da rubéola (Rubella virus) é do gênero dos Rubivirus e da família dos Togavirus.
Transmissão:
Pode ocorrer quando há infecção primária na gestante, sendo que pode ocorrer: aborto espontâneo, natimorto, ou até não haver infecção.
Etiopatogenia:
O ser humano é o único hospedeiro conhecido, o risco de defeitos congênitos é maior quando a grávida adquire infecção primária durante o primeiro trimestre. A viremia materna é seguida de infecção placentária e posterior viremia fetal.
o   malformações ou persistência do vírus < 4 meses
o   entre 13 e 16 semanas = acomete aparelho auditivo
o   infecção fetal à o vírus pode ser excretado pela urina do RN até um ano de idade ou mais
Clinica:
Mais de 50% dos RN infectados são assintomáticos. Após o diagnóstico de SRC, estima-se que a maioria desta população vá evoluir com alguma sequela.
o   82% em 6-8 anos de idade
o   90% se sorologia positiva
Deficiência auditiva: manifestação mais comum (80-90%) graus variáveis e geralmente bilateral.
CIUR (50-85%)
Manifestações cardíacas (30-40%): persistência do canal arterial e estenose pulmonar.
Malformações oculares: alterações de acuidade e com a área macular. Catarata bilateral, glaucoma (precoce ou tardio), retinopatia e microftalmia.
SNC: microcefalia, meningoencefalite, tetraplegia espástica, retardo do desenvolvimento neuromotor.
Viscerais: hepatomegalia e icterícia, púrpura trombocitopênica, pneumonia intersticial e lesões ósseas.
Diagnostico:
Sorologia materna:  anticorpo anti-rubéola no sangue. Títulos detectáveis e em elevação de anticorpos IgM. Após contato não há meios de prevenção e a vacina é ineficaz.
Recém-nascido:  confirmação após o nascimento: malformações estabelecidas.  Sorologia após o nascimento:
o   Confirmação: IgM positivo.
o   Se IgM negativo e IgG positivo: repetir o IgG e  confirmação na persistência do resultado.
Isolamento viral: orofaringe, urina e outros tecidos.
Todos os RN com suspeita de rubéola deverão realizar: hemograma, radiografia de ossos longos, ecocardiografia, exame de imagem do SNC, avaliação audiométrica.
A rubéola e a SRC são doenças de notificação compulsória.
Tratamento:
 Não existe tratamento efetivo. Catarata e cardiopatia: Passíveis de correção cirúrgica.
Prevenção
Vacinação - Elevada soro conversão — 97%, proteção de 95% ou mais com uma única dose. Bem tolerada e tem custo baixo.
Citomegalovirose congênita:
O citomegalovírus (CMV) pertence a um gênero da família Herpesviridae e é membro do grupo herpes vírus. A composição estrutural desse vírus define propriedades de latência e reativação.
Transmissão:
o   Transfusões de sangue e derivados;
o   Transplantes de órgãos;
o   Infecção materna e transmissão vertical;
o   Infecção perinatal (leite materno ou secreções vaginais);
o   Entre crianças (berçários e creches);
o   Contato com secreção de portadores do CMV.
Patogenia:
A infecção congênita ocorre quando a mãe se infecta pela primeira vez durante a gravidez, raramente, por reativação de processo latente. A transmissão ocorre em 30% dos casos e entre os infectados, apenas 10% nascem sintomático, 90% destes apresentarão sequelas e o restante evolui para óbito.
Maior gravidade à fases iniciais da gestação
Maior probabilidade de infecção à último trimestre.
Clinica:
Pode ocorrer: Prematuridade, CIUR, hepatoesplenomegalia, hepatite e icterícia, pneumonia, trombocitopenia e  anemia;
o   SNC: microcefalias, calcificações intracranianas periventriculares, coriorretinite, perda auditiva sensorial (bastante comum), atrofia óptica. Forma grave  à1 a 2% dos RN infectados,
o   Doença de inclusão citomegálica: icterícia, hepatoesplenomegalia, petéquias, microcefalia, coriorretinite e calcificações cerebrais periventriculares.
o   Pneumonite intersticial e anemia hemolítica.
o   Sequelas graves: como surdez, cegueira, retardo mental e tetraparesia espástica.
o   Laboratorial: aumento de enzimas hepáticas e hiperbilirrubinemia direta.
Diagnostico:
Gestação: geralmente assintomática. Faz-se pela detecção de IgM positivo para CMV.  Suspeita se CIUR ventriculomegalia cerebral, ascite, calcificações intracranianas e oligodrâmnia pelo US.
Infecção fetal: coleta de líquido amniótico à isolamento viral.
Recém-nascidos:  isolamento do vírus (urina e saliva), detecção de DNA viral na urina de RN suspeitos (dentro de dois semanas sugere transmissão vertical). Os testes sorológicos não conseguem distinguir infecção congênita, perinatal e pós-natal com base em anticorpos IgG. Os anticorpos IgM são pouco sensíveis e específicos.
Tratamento:
Infecções leves e assintomáticos à sem indicação
Forma grave à ganciclovir 12 mg/kg/dia EV por seis semanas. Reduz doença neurológica e auditiva. Neutropenia em 30% dos casos.
Prevenção:
o   Reduzir a exposição materna ao vírus: campanhas educacionais, esclarecer transmissão de pessoa a pessoa por contato íntimo.

o   Aleitamento materno

Bronquiolite viral aguda

É uma das causas mais comuns de internação do lactente. É uma doença infecciosa, mais incidente em lactentes menores de 24 meses (principalmente < 6 meses), que resulta na obstrução inflamatória dos bronquíolos.
Mecanismos envolvidos na população de risco:
O vírus sincicial respiratório é responsável por ate 80% dos casos, o período de incubação é de 4/5 dias. A transmissão se da por:
o   Contato direto
o   Transmissão por gotículas
o   Conjuntiva/mucosa nasal
Fisiopatologia:

Quadro clínico:
o   Prodrómos com sintomas leve de IVAS (espirros e rinorreia)
o   Temperatura basal elevada (38,5º - 39ºC)
o   Tosse paroxística
o   Dispneia
o   Irritabilidade
o   Dificuldade p/ alimentar
Em casos mais graves pode haver insuficiência respiratória.
Exame Físico:
o   Sibilos (Inspiratórios ou bifásicos)
o   - Prolongamento do tempo expiratório
o   - Batimento de aletas nasais
o   - Tiragem intercostais e subcostais
o   - Crepitações
o   - Podem ocorrer apneia e desidratação
Exames complementares: Radiografia de tórax, oximetria de pulso, gasometria arterial, leucograma, aspirado de nasofaringe.
Tratamento: O Tratamento é de suporte, direcionado às principais manifestações clínicas, a maioria dos casos é tratado em domicílio sendo que este deve ser evitado tratamento domiciliar para menores de dois meses e em crianças com condições basais de risco. Sedativos devem ser evitados devido ao risco de depressão respiratória e a cabeceira da cama deve ser mantida elevada.
Domiciliar: Deve- se fazer controle rigoroso da temperatura, limpeza das vias aéreas superiores com solução salina fisiológica, orientar a procurar um medico em caso de piora dos sinais.
Hospitalar: Apenas a oxigenoterapia é comprovadamente eficaz, porem deve-se ter cuidados para evitar bronco aspiração, desidratação. A fisioterapia respiratória também está indicada.

Prevenção: Orientar a família sobre a exposição de crianças de risco, incentivando um ambiente saudável. Pode-se também usar o Palivizumab.

Nova lei anti-fumo

O Ministério da Saúde anunciou neste sábado (31), Dia Mundial Sem Tabaco, novas regras de combate ao fumo, que incluem o fim da propaganda de cigarros, a extinção dos fumódromos em ambientes coletivos e a ampliação de mensagens de alerta em maços de cigarro vendidos no país.

A regulamentação da lei antifumo será publicada nesta segunda-feira (2) no "Diário Oficial da União" e as regras passarão a valer em até seis meses.

Segundo o governo, os fumantes não serão fiscalizados. Poderá ser punido somente o estabelecimento que desobedecer as normas. Locais de comércio e restaurantes, por exemplo, deverão orientar os clientes sobre a lei e pedir para que não fumem, podendo chamar a polícia quando alguém se recusar a apagar o cigarro.
A lei antifumo foi sancionada pela presidente Dilma Rousseff em dezembro de 2011, após ter sido aprovada no Congresso Nacional, e desde então estava sem regulamentação, que define como e quando deve ser aplicada.
Conforme a lei, fica proibido o fumo em locais coletivos fechados em todo o país, com exceção das tabacarias e dos cultos religiosos.
Segundo o ministro da Saúde, Arthur Chioro, o ponto principal da regulamentação é a definição de quais são os locais onde não poderá haver consumo e venda de tabaco. As regras preveem que as pessoas não poderão fumar em lugares públicos ou privados (acessíveis ao público) que possuam cobertura, teto, parede, divisórias ou toldos. Em varandas de restaurante com toldo, por exemplo, não será permitido o fumo, bem como na área coberta de pontos de ônibus. As normas também valem para narguilés ou qualquer tipo de fumígeno, mas não abrangem cigarros eletrônicos, pois, segundo Chioro, eles não são legais no Brasil.

Propaganda e embalagens
De acordo com as regras, qualquer propaganda de cigarro será proibida. Segundo Chioro, com a proibição de qualquer propaganda, inclusive em "displays" (painéis para anúncios), como ocorre hoje. A única forma de exibição dos maços deverá ser em locais de venda, mas, ainda assim, com 20% do espaço ocupado pela mensagem de alerta.
"É importante deixar claro que toda e qualquer propaganda de tabaco no Brasil, em relação a todos os produtos fumígenos, está proibida. Tudo em termos de propaganda sobre o que é fumável e legal no nosso país está proibido", disse Chioro.
A partir de agora, 100% da face de trás da embalagem e uma das faces laterais terão que ter imagem e mensagem sobre os problemas relacionados ao fumo. A partir de janeiro de 2016, na parte frontal da embalagem, 30% do espaço será destinado a mensagens de alerta. Atualmente, este tipo de mensagem só é estampada na parte de trás dos maços de cigarro.

Fiscalização e punição
Os estabelecimentos que desrespeitarem as regras poderão receber advertência, multa, ser interditados e ter a autorização de funcionamento cancelada. As multas irão variar de R$ 2 mil a R$ 1,5 milhão, de acordo com a infração. As vigilâncias sanitárias dos estados serão responsáveis pela fiscalização.
Segundo o diretor-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Dirceu Barbano, a pessoa que estiver em um restaurante e se incomodar com o fato de alguém fumar deverá, primeiro, pedir ao estabelecimento que tome providências. Caso o responsável pelo restaurante se negue, a orientação é que a pessoa, então, denuncie o caso à Vigilância
 Consumo e riscos

Pesquisa divulgada neste sábado pelo Ministério da Saúde diz que 11,3% dos adultos que vivem nas capitais do Brasil fumam. Em 2006, o índice era de 15,7%. Os homens são os que mais fumam, com índice de 14,4%. O percentual entre as mulheres é de 8,6%. Os fumantes passivos têm 30% a mais de chance de ter complicações respiratórias.
No ano passado, o Sistema Único de Saúde (SUS) registrou 1,4 milhão de diárias por internação relacionada ao tabagismo, ao custo de R$ 1,4 bilhão aos cofres públicos. A estimativa do governo é que, neste ano, sejam registrados 16,4 mil novos casos de câncer de pulmão.
O secretário de Vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa, afirmou durante entrevista coletiva neste sábado que o tabagismo é responsável por 200 mil mortes no Brasil por ano. Além disso, está relacionado a 90% dos casos de câncer de pulmão; 85% das mortes por bronquite; 45% das mortes por infarto agudo do miocárdio; 25% das doenças vasculares e 30% das mortes decorrentes de outros tipos de câncer.
Entenda os males do cigarro
Segundo especialistas, o cigarro está associado a 26% das mortes por todos os tipos de câncer. No caso de tumores no pulmão, esse índice aumenta para 84%. Além desta doença, o cigarro pode causar alterações na voz, principalmente das mulheres, que podem adquirir uma voz grossa e totalmente diferente por infecção nas cordas vocais.
Em apenas um dia sem fumar, já é possível ter benefícios para a saúde, segundo a cardiologista Jaqueline Issa. É preciso ainda prestar atenção em outros sintomas de problemas na garganta, como dor, dificuldade para engolir ou respirar e sensação de caroço na região.
Segundo os médicos, o cigarro pode também afetar a tireoide, causando hipotireoidismo e levando ao ganho de peso, especialmente na região abdominal. Mulheres fumantes com mais de 50 anos, por exemplo, têm entre três a quatro vezes mais chances de ter hipotireoidismo que a população em geral.
Fora a alteração na voz e a rouquidão, o cigarro pode ainda causar também perda óssea nos dentes. Isso acontece porque a nicotina e outros componentes agridem a gengiva e a raiz dos dentes.
Fonte :g1.globo.com

Doenças exantemática


O acometimento de crianças por doença exantemática é um dos quadros mais comuns da prática médica, impondo dificuldade diagnóstica frequentemente. Diversas condições podem cursar com exantema, sendo que as causas infecciosas são responsáveis por mais de 70 % dos episódios. A maior parte dos exantemas são autolimitados, todavia a correta identificação da etiologia tem importância clínica pela gravidade e piora do prognóstico em caso de atraso no diagnóstico em alguns casos, e para a saúde pública, tendo em vista o potencial de contágio das causas infecciosas. A inespecificidade clínica das doenças exantemáticas exige uma abordagem sistemática para o seu diagnóstico que inclui a coleta de anamnese completa e exame físico amplo e cuidadoso. Esses são os principais instrumentos para a elucidação diagnóstica, permitindo igualmente a orientação para a conduta diagnóstica laboratorial.

Sarampo:

Etiologia: Vírus do sarampo. Família paramyxoviridae.
Transmissão: Aerossol. Periodo de infectividade 3 dias antes do rash e 4-6 dias após seu inicio. Porta de entrada: mucosa respiratória e conjuntiva.
Clinica: Periodo de incubação (8-12 dias): assintomático.
Fase prodromica (2-4 dias): febre, tosse, coriza, conjuntivite e enantema (Koplic).
Fase exantematica: exantema maculopapular eritematoso que se inicia na cabeça e pescoço, disseminando- se para troncos e membros.
Fase de recuperação: o rash desaparece ao longo de 7 dias, e deixa uma fina descamação. A tosse é a ultima a desaparecer
Tratamento: Suporte apenas. Antivirais não estão indicados . Vitamina A deve ser indicada para  > 6 meses com desnutrição, carência clinica de vitamina A, prejuízo de absorção intestinal e imunodeprimidos.
        
Rubéola:
Etiologia: Vírus da rubéola. Família Togaviridae.
Transmissão: Goticulas de saliva ou secreção nasofaringea. Período de infectividade 5 dias antes do rash e 6 dias após seu inicio. Porta de entrada: Mucosa respiratória.
Clinica: O período de incubação dura 14 a 21 dias.  A infecção subclinica ocorre em 25 a 40% dos casos.
Fase prodromica: febre baixa, dor de garganta, conjuntivite, cefaleia, mal estar, anorexia e linfadenomegalia.
Fase exantematica: rash maculopapular róseo, que se inicia na face e pescoço e dissemina- se para tronco e extremidades. No inicio do rash podemos notar lesões puntiformes rosadas (Manchas de forcheimer) nas amídalas e pilares.
Tratamento: Suporte com analgésico e antipiréticos.
Imunoglobulina e corticoides: Indicados na trombocitopenia grave.

Eritema infeccioso:

Etiologia: Parvovirus B19
Transmissão: Goticulas de saliva ou secreção nasofaringea. Periodo de infectividade 7 a 11 dias após o contato com vírus.
Clinica: Muitos são assintomáticos.
Fase prodromica: Febre baixa, cefaleia, sintomas de IVAS e linfadenopatia.
Fase exantemática: Possui 3 estagios. Fase 1: exantema em face, mais intenso nas regiões maxilares com aspecto de ‘’face esbofeteada’’. Fase 2: Disseminação do rash eritematoso para tronco e extremidades proximais. Há um clareamento central dando o aspecto rendilhado. Fase 3: Pode haver reicidiva do exantema de 1-3 semanas, principalmente por exposição ao sol, calor, stress e exercício físico.
Tratamento: Suporte com analgésico e antipiréticos. Imunoglobulina intra venosa esta indicada para imunodeprimidos.

Exantema Subito:

Etiologia:  Herpes vírus tipo 6.
Transmissão: Respiratoria: a maior parte da transmissão se da através de partículas virais contidas nas gotículas salivares do hospedeiro saudável, e que vem penetrar na mucosa nasofaringea ou conjuntival do lactente.
Transplacentaria: forma rara de infecção.
Clinica: Periodo de incubação é de 10 dias.
Periodo prodromico: Rinorreia, inflamação faríngea e eritema conjuntival.
Periodo pré eruptivo: Febre muito elevada, irritabilidade e anorexia. Cerca de 5 a 10% das crianças podem fazer crise convulsiva febril neste período.
Periodo eruptivo: Começa 12 a 24hrs após o desaparecimento da febre, as características do rash são: maculas rosadas pequenas que começam no tronco e disseminam-se pelo pescoço, face e extremidades proximais.
Tratamento: Suporte com analgésico e antipirético. Imunodeprimidos devem usar ganciclovir por 2 a 3 semanas.
Varicela:

Etiologia: Vírus varicela-zoster.
Transmissão: Aerossol e contato com a secreção das vesículas.
Clinica:  Período prodrômico curto (24-48hrs) pode ou não ocorrer, marcado por febre baixa e mal estar.  A doença se manifesta por febre de  37,5 a 39,5ºC, adinamia, exantema eritematovesicular pluriginoso. Distribuição centrípeta, ou seja, predominam na face, pescoço e tronco e pode acometer a mucosa oral e genitália. As lesões surgem em grupamento e são encontradas em vários estágios de evolução.
Tratamento: Suporte (antitérmico, analgésico, banhos de permanganato de potássio e anti-histamínicos); o AAS é contra indicado pelo risco da síndrome de reye.

Mononucleose infecciosa:

Etiologia: 90% EBV; 5 a 10% - Toxoplasmose, rubéola, citomegalovirus, hepatite, HIV e adenovirus.
Transmissão: Contato com gotículas de saliva da pessoa infectada e  intercurso sexual.
Clinica: Amidalas: aumentadas de tamanho, muito hiperemiadas, com petequias em palato e exsudato fibropurulento. Linfadenomegalia (90%), os linfonodos mais aumentados são os cervicais anteriores e posteriores e os submandibulares. Pode haver hepatoesplenomegalia e edema de pálpebras (Sinal de hoagland). Há também um rash associado a ampicilina e amoxicilina
Tratamento: Hidratação, antitérmicos, repouso relativo, evitar esportes de contato corporal e atividades esportivas por 2 a 3 semanas. Pode- se usar também Prednisona em casos de: anemia hemolítica autoimune, trombocitopenia com hemorragia, convulsões e meningite.

Escarlatina:

Etiologia: Streptococcus pyogenes ou estreptococos beta-hemolitico do grupo A.
Transmissão: Contato com gotículas de saliva da pessoa infectada.
Clinica: O período de incubação da escarlatina é de 2 – 5 dias. Febre alta, cala frios, cefaleia, adinamia e dor de garganta. Ao exame: hiperemia faríngea e tonsilar com exsudatos esbranquiçados na faringe posterior e ou nos pilares amigdalianos e petéquias no palato. Adenopatia cervical e rash. Aparece inicialmente no tórax e depois se estende para o restante do tronco, pescoço e membros poupando a região palmoplantar. O exantema é formado por papulas eritematosas, puntiformes, bem próximas uma das outras, um discreto rubor facial é marcado por uma nítida palidez peribucal (sinal de filatov), nas pregas flexora cutânea o exantema se intensifica (Sinal de Pastia).

Tratamento: Penicilina G benzatina ou Penicilina V oral. Os alérgicos a penicilina devem receber eritromicina.

Aleitamento Materno

O aleitamento materno deve ser iniciado o mais precoce possível, se houver desejo da mãe pode ser iniciado ainda na sala de parto. É de grande importância uma vez que está ligado a:
o   interação profunda entre mãe e filho;
o   Repercussões no estado nutricional, imunológico, desenvolvimento físico e afetivo;
o   Implicações na saúde física e psíquica da mãe;
Pode ser classificado em:
Aleitamento materno exclusivo:
Somente leite materno, direto da mama ou ordenhado, vitaminas, sais de hidratação oral, suplementos minerais ou medicamentos;
Aleitamento materno predominante:
Alem do leite materno, recebe água, sucos de frutas e outros fluidos em quantidades limitadas;
Aleitamento materno complementado:
Finalidade de complementação e não de substituição. Sólidos ou semissólidos para complementar a alimentação;
Aleitamento materno misto ou parcial:
Leite materno e outros tipos de leite.

O MS e a OMS recomendam o aleitamento materno exclusivo nos primeiros seis meses de vida. Não há necessidade de oferecer outro alimento nem outros líquidos, caso contrário o processo de desmame terá sido iniciado. A partir dos seis meses de vida, o leite materno deve ser complementado com outros alimentos, por ser insuficiente como alimento único. Ainda permanece como fonte importante de vitaminas A e C, proteínas, energias e elementos imunológicos. Não há recomendação do uso de nenhum outro tipo de leite. O leite materno deve ser mantido, no mínimo, até os dois anos de idade. Diversos são os benefícios para mãe e RN como mostrado no quadro abaixo

Contra indicação:
o   Mães infectadas pelo HIV;
o   Mães infectadas pelo HTLV1 e HTLV2;
o   Uso de medicamentos incompatíveis com a amamentação. Alguns fármacos são citados como contraindicações absolutas ou relativas ao aleitamento, como por exemplo, os antineoplásicos e radiofármacos.
o   Criança portadora de galactosemia, doença rara em que ela não pode ingerir leite humano ou qualquer outro que contenha lactose.

Técnicas de posicionamento e pega:
As duas mamas devem ser oferecidas em todas as mamadas. O RN suga mais vigorosamente a primeira, acabando pro não esvaziar completamente a segunda. A próxima mamada, a mama que não foi completamente esvaziada deve ser oferecida em primeiro lugar.
o   O RN deve abocanhar toda a aréola, com a boca aberta e o lábio inferior evertido, com o queixo tocando a mama. O bebê deve ter seu corpo voltado para a mãe, mantendo um eixo axial único.
o   A boca deve estar centrada em frente ao mamilo.
o   Os lábios devem estar virados para fora e sua língua sobre a gengiva inferior.
o   Quando o bebê termina de amamentar, o mamilo deve estar alongado e redondo.


Leite Materno:
O leite materno possui inúmeras vantagens quando comparado a leite de vaca ou leites industrializados. O leite materno possui proteínas, lipídeos, carboidratos, minerais e vitaminas e 88% de água. Além disso, possui a importante função de consolidar um vínculo psicoemocional no binômio mãe-filho.
o   Fatores protetores: Contra infecções;
o   Fatores Específicos: Imunoglobulinas (IgA, IgM, e IgG). A IgA secretória, impede a agressão do intestino por bactérias e toxinas;
o   Fatores inespecíficos:
Fator bífido: Substrato para Lactobacilos bífidus impede a proliferação de micro-organismos patogênicos;
Lisozima: Lise da parede celular de bactérias gram + e -;
Lactoferrina: diminui a biodisponibilidade do ferro para patógenos. Aumenta a biodisponibilidade do ferro para o lactente;
Neutrófilos, macrófagos e linfócitos que ativam outras células de defesa;

Proteínas: Concentração de proteínas do leite materno é menos que no leite de vaca, ou seja, não provoca sobrecarga renal.
o   Leite Humano (80% de lactoalbulmina e 20% de caseína)
o   Leite de Vaca (20% de lactoalbulmina e 80% de caseína)
Gorduras: A concentração de gordura é maior no final da mamada e no final do dia;

Células de defesa: O leite materno possui linfócitos T e B, monócitos, macrófagos, neutrófilos e células epiteliais que estimulam o sistema imunológico;