BRONQUITE CRÔNICA
Bronquite crônica é definida como
tosse persistente com produção excessiva de muco na maioria dos dias de um
período de 3 meses, durante pelo menos 2 anos consecutivos. Tosse e
expectoração são caracteristicamente mais intensas pela manhã e nos meses de
inverno. O fumo é sua principal causa, além de poluentes atmosféricos.
Indivíduos com tosse produtiva
sem sinais de obstrução ao fluxo aéreo apresentam bronquite crônica simples. Cerca de 20% dos fumantes desenvolvem
obstrução crônica ao fluxo aéreo, com enfisema associado, caracterizando a bronquite crônica obstrutiva.
Etiopatogênese
É causada por exposição
prolongada a agentes irritantes inalados, sobretudo produtos do tabaco.
Inflamação das vias respiratórias e do parênquima pulmonar secundária a esses
agentes é a grande responsável pelas alterações estruturais, clínicas e
funcionais observadas na doença.
Nas vias respiratórias centrais,
a limitação do fluxo aéreo está associada a aumento do número de linfócitos T
CD8+ na parede brônquica e de neutrófilos na luz das vias respiratórias.
Acredita que os linfócitos T CD8+ estejam implicados na lesão d parênquima
pulmonar e no recrutamento de neutrófilos. Aumento do número de neutrófilos nas
vias respiratórias parece estar relacionado com a gravidade da doença.
Inflamação brônquica aguda e/ou
infecção constituem elementos constantes de agravamento do quadro clínico.
Além de tosse e hipersecreção de
muco, que são constantes na bronquite crônica, outras manifestações aparecem
com a continuidade do hábito de fumar, como dispneia, hipercapnia, hipoxemia e
cianose. Hipertensão pulmonar, cor
pulmonale e insuficiência cardíaca direita são complicações tardias da
bronquite crônica.
Aspectos morfológicos
Macroscopicamente, há
espessamento da parede da árvore brônquica e acúmulo de secreção esbranquiçada.
Histologicamente, as grandes vias respiratórias apresentam hipersecreção de
muco, hipertrofia das glândulas submucosas, aumento do número de células
caliciformes e acúmulo de secreção. Metaplasia escamosa é observada nos casos
mais graves.
As pequenas vias respiratórias apresentam
metaplasia mucosa com formação de tampões mucosos e infiltrado inflamatório
rico em mononucleares e fibrose da parede bronquiolar.
Me ajudou muito.
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