EMBOLIA PULMONAR
Os vasos pulmonares recebem
sangue venoso de todo o organismo, dentro de um sistema que se estreita
progressivamente à medida que se aproxima do território alveolar. Partículas
sólidas, líquidas ou gasosas trafegando arterial (êmbolos) impactam-se em algum
segmento do leito vascular pulmonar, caracterizando o quadro de embolia
pulmonar. Pode ser de origem trombótica, gordurosa ou gasosa.
Na tromboembolia pulmonar o
diagnóstico clínico nem sempre é preciso. Entretanto é a segunda causa mais
frequente de doença cardiovascular aguda, depois de infarto agudo do miocárdio.
Sua incidência aumenta com a idade. Em muitos paciente, ela é grave e fatal; em
10% dos casos, o óbito ocorre em até 1 h, sendo, portanto importante causa de
morte súbita. É a terceira causa de óbito cardiovascular
Nos pulmões, obstrução arterial é
quase sempre de origem embólica. Em cerca de 80% dos casos, os trombos que
originam êmbolos pulmonares são formados em veias profundas dos membros
inferiores (trombose venosa profunda); menos frequentemente, os trombos estão
no coração direito ou em cateteres venosos centrais. Trombos venosos são
reconhecidos pela síndrome de Virchow: hipercoagulabilidade, estase e lesão
endotelial.
Entre os fatores de risco
passíveis de prevenção, obesidade, tabagismo e hipertensão arterial sistêmica são
os mais importantes. Prevenção da trombose venosa profunda é a melhor forma de
prevenir a embolia pulmonar.
Embolia pulmonar se deve também
a: (1) bolhas de gás no sangue; (2) corpos estranhos; (3) partículas de
gordura; (4) líquido amniótico, após trabalho de parto prolongado; (5) células
neoplásicas.
As repercussões fisiopatológicas
variam desde alterações subclínicas até a morte súbita. As principais
consequências são: (1) prejuízo da perfusão pulmonar; (2) sobrecarga do coração
direito; (3) isquemia do parênquima. A gravidade do evento embólico depende
tanto de fatores do indivíduo como das características dos êmbolos.
As principais manifestações são:
1.
morte súbita por: (a) hipóxia aguda e/ou colapso
circulatório, quando a embolia oblitera grandes ramos da artéria pulmonar; (b)
falência aguda do ventrículo direito (cor
pulmonale agudo);
2.
infarto pulmonar: nos ramos médios da artéria
pulmonar ou nos casos em que há doença cardiopulmonar preexistente;
3.
hipertensão pulmonar, associada a episódios
recorrentes de embolia.
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