terça-feira, 20 de novembro de 2012

Exame de câncer de mama em 3D tem maior precisão, diz estudo


Uma técnica recente que usa imagens tridimensionais para rastrear o câncer de mama tem aumentado a precisão do diagnóstico e reduzido as taxas de resultados falsos positivos, segundo novo estudo publicado na revista científica "Radiology".
O exame, chamado tomossíntese, é o primeiro avanço importante na triagem das mamas desde o desenvolvimento da ressonância magnética para avaliar os seios, na opinião da principal pesquisadora, Elizabeth Rafferty, do Centro Avon para Compreensão do Câncer de Mama, do Hospital Geral de Massachusetts, em Boston, nos EUA.
Ao contrário de uma mamografia digital, que envolve duas radiografias de cada mama, a tomossíntese – aprovada pela agência americana Food and Drug Administration (FDA) em fevereiro de 2011 – capta várias imagens de diferentes ângulos ao redor dos seios. Esse material é, então, usado para fazer uma reconstrução tridimensional da região.
Ministério da Saúde e aponta aumento de 73% na procura pelo exame (Foto: Reprodução / TV Tem)Novo exame associado à mamografia aumenta a precisão do rastreio de câncer (Foto: Reprodução / TV Tem)
A pesquisa envolveu 1.192 mulheres em cinco lugares diferentes, das quais 997 tinham dados completos. Cada uma das participantes foi submetida a uma mamografia digital padrão, seguida de uma tomossíntese – que pode ser feita no mesmo equipamento da mamografia e tem doses de radiação inferiores ao limite aprovado pela FDA.
Os autores então escolheram 622 casos e os dividiram em dois estudos: um com 312 mulheres e 48 casos de câncer, e outro com 310 mulheres e 51 registros de tumor. Doze radiologistas participaram do primeiro trabalho e 15 do segundo.
O uso conjunto da mamografia digital com a tomossíntese aumentou a precisão do diagnóstico para todos os médicos. No primeiro estudo, a precisão foi elevada em 10,7% e no segundo, em 16%. Já as taxas de falso positivo diminuíram 38,6% na primeira pesquisa e 17,1% na segunda – evitando, assim, a repetição desnecessária de exames.
A autora Elizabeth Rafferty destaca que os ganhos de sensibilidade ao usar técnicas combinadas podem ajudar principalmente na detecção de cânceres mais invasivos, com maior risco de metástase – quando a doença se espalha rapidamente para outros órgãos do corpo.
Segundo o Instituto Nacional do Câncer dos EUA, há evidências de que a mamografia seja capaz de reduzir a mortalidade por câncer de mama em mulheres entre 40 e 74 anos. Apesar disso, cerca de 30% desse tipo de tumor não é detectado no exame.
Outros 10% das pacientes recebem um diagnóstico falso positivo, ou seja, quando o câncer não está presente no organismo, mas o primeiro resultado diz que sim.
Fonte: Globo.com

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